blog do machado

terça-feira, outubro 17, 2006

O CUMÚLO...PT cria ONG para tentar fazer Plutão se tornar Planeta novamente!!

Acaba de ser criada, em Brasília, uma nova ONG, chamada de Sociedade dos Amigos de Plutão (SAP), destinada a protestar contra decisão da União Astronômica Internacional que rebaixou o nono planeta do sistema solar à condição de asteróide. Isso porque, semana passada, reunidos em Praga, 2.500 astrônomos tomaram essa decisão. Agora, somos apenas oito planetas: Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno. A sede da Sociedade dos Amigos de Plutão está registrada na Esplanada dos Ministérios, ainda que sem particularizar qual deles. O presidente da entidade é um ex-líder sindical, filiado à CUT e ao PT, amigo íntimo do presidente Lula. O Diário Oficial publicou a liberação de 7,5 milhões de reais para estimular as primeiras ações da nova ONG, que também celebrará convênios de publicidade com a Petrobrás, o Banco do Brasil, a Caixa Econômica e os Correios. O objetivo é conscientizar a população para o perigo que significa o rebaixamento de Plutão, primeiro passo para a exclusão da Terra. Estão definidas viagens de comitivas da Sociedade dos Amigos de Plutão pelas principais capitais do mundo, pretendendo entrevistas com presidentes e primeiros-ministros capazes de integrar-se à campanha em defesa do infeliz planeta agora degradado. Programou-se, é claro, retiradas de 20 mil reais semanais para cada um dos 800 diretores da nova ONG, que também receberão cartões de crédito institucionais para enfrentar despesas pessoais de hospedagem, alimentação, vestuário e transportes. Alguma surpresa? De jeito nenhum. A SAP será apenas mais uma ONG entre as centenas criadas ao longo dos últimos anos, boa parte subsidiada pelo governo, com as mais diversas finalidades: a defesa da floresta amazônica, o estimulo ao programa do primeiro emprego, a exigência de ética nos negócios públicos e, certamente, a que dá proteção aos gatos cegos. Vale a ressalva: existem ONGs de grande importância, que prestam relevantes serviços à sociedade. No reverso da medalha, porém, ONGs fajutas. Umas financiadas por multinacionais e até por governos estrangeiros, empenhadas em impor interesses estranhos à nossa soberania. Outras, de simples picaretagem. Numa época em que se acendem esperanças para os trabalhos do futuro Congresso, que tal programar uma CPI destinada a investigar a atuação, o funcionamento, as origens, os objetivos e os recursos das Organizações Não Governamentais?MUITO TEMPO, QUANTO TEMPO? Declarou o presidente Lula, depois do protocolar auto-elogio à sua administração, ser necessário tempo, muito tempo, para superar os grandes pecados nacionais. Falava a uma platéia de altos empresários, todos interessados na queda de juros, na diminuição da carga fiscal e na retomada do desenvolvimento.Ficou no ar a dúvida que nos últimos meses domina parte das oposições: uma vez conquistado o segundo mandato, como indicam as pesquisas, Sua Excelência deixará que se desenvolva a proposta do terceiro mandato? Porque existir, ela existe, reforçada pela necessidade de ampla reforma política, no dizer do próprio presidente a única forma de aprimorar as instituições e evitar a corrupção. Ora, se quatro anos não bastaram, como repetiu o chefe do governo, por isso pretendendo mais quatro, quem ousará dizer que apenas em oito anos o país estará recuperado? No mínimo mais quatro, mesmo assim insuficientes, porque enquanto reinava, José Dirceu falava em vinte anos. O ex-chefe da Casa Civil surgia, até mesmo, como candidato em 2010, mas, cassado e tendo perdido seus direitos políticos, deixou imenso vazio nos quadros do PT. Quem poderá disputar a presidência da República depois de terminado o segundo mandato do presidente Lula? Só mesmo o próprio... É preciso tomar cuidado. Os índices de aprovação do governo Lula jamais estiveram tão altos. Estão em 55%. É verdade que José Sarney chegou aos 84%, logo depois do Plano Cruzado, como também certo que Itamar Franco, ao deixar o poder, detinha 83%. Como naquela época inexistia a reeleição, e nem o então presidente admitiu promovê-la, o processo político continuou fluindo normalmente. Agora, acende-se a luz amarela no semáforo das instituições. VALE TUDO Em períodos eleitorais, vale tudo. Promessas as mais variadas, declarações de paz, amor e congraçamento. O presidente Lula admitiu um pacto em prol do futuro do país, com a soma de todos os males, perdão, de todos os bens. Uma composição onde ingressariam quantos se interessassem pela retomada do desenvolvimento, a extinção da miséria e da pobreza, a criação de empregos, a educação ampla, a saúde pública perfeita, não apenas quase perfeita... Tudo bem, seria uma experiência nova em nossa História, inédita na maioria do planeta. O difícil a saber é se o presidente, uma vez conquistado o segundo mandato, convocaria as variadas forças nacionais para que, com ele, elaborassem um programa comum de salvação nacional, ou se submeteria a essas forças o seu plano, adredemente preparado e incapaz de aceitar alterações. Por via das dúvidas, PSDB e PFL já estão recusando o convite. Pode ser por questões eleitorais, para não entregar completamente seus candidatos à própria sorte, existindo tucanos e liberais predispostos a um entendimento posterior. Mesmo sem as compensações tão a gosto do PMDB. Convém aguardar. GOVERNO VERSUS IBGE Reafirma o IBGE os números divulgados na semana passada, à revelia e diante da indignação do governo: a carga fiscal elevou-se no último ano a 39 % do PIB, e o desemprego continua atingindo 47 milhões de brasileiros, sem trabalho uns e entregues ao subemprego, outros. O que seria cômico se não fosse trágico é ser o IBGE um órgão oficial, funcionando á sombra do poder público. Logo quando o presidente Lula exalta a criação de seis milhões de empregos e acentua estar sendo reduzida a carga fiscal, como aceitar números tão fulminantes? Ministros se arregimentam, indignados, mas encontram-se de mãos amarradas, porque qualquer intervenção no IBGE soaria pior. Nos tempos de Fernando Henrique a ordem era parta o IBGE não divulgar qualquer estatística antes de submetida ao crivo do palácio do Planalto, mas, no governo atual, a moda não pegou.

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